Search this site
Embedded Files
  • Latina
  • Colunas
  • Dados de Pesquisa
  • Contato
 

Non Dormo Ancora

ENSAIOS SOBRE A VOZ E O SILÊNCIO:


Igor Mendes - 8 ago. 2025

PAROLE

encarando um deserto branco com uma caneta na mão

com a mente latente traço estradas

e me desvio de suas atenções 

a vontade é pura, eu sei

mas nunca tive talento em agradar filho da puta

já passei da linha três e não me recordo da voz da chuva

GRANADA DE FUMAÇA

use toda a maldade do mundo

dê o seu melhor

melhores já tentaram e não conseguiram

eu sei, pois os vejo no espelho

PÓLVORA

palavras explodem em sua boca

quantos defeitos em mim vejo

enquanto fabrico o lado esquerdo do peito 

portas entreabertas 

submentamente levam na direção certa 

observo constantemente sorrisos fingidos 

FÜR

a única vaidade que tenho, foram os amigos que fiz

TEMPESTADE DE PALAVRAS 

Palavras que me abraçam, palavras que me matam

Ame, 雨, Ame me beije com lágrimas geladas nos olhos

ou com o corpo em ebulição após ataques epiléticos 

quase cento e cinquenta e aqueles que se alimentam do ódio 

não sabem a diferença entre um ponto e uma vírgula

anfetamina e balas de goma sabor morango

tento convencer os habitantes do inferno que odeio isso

mas sou um péssimo mentiroso

TENTÁCULOS DE POLVOS

Adana crava as unhas em corações despedaçados

o fantasma do farol caminha pelas praias de sal

eu fodo esse mundo e o ódio é meu filho

a vida é uma merda e algumas passagens são imperceptíveis

mas algumas mudam você para sempre

© Copyright 2023 - 2025, Mnemosin-e.
Google Sites
Report abuse
Google Sites
Report abuse